segunda-feira, 7 de julho de 2008

O inocente roubo de uvas!

Assumo perante todos vocês que roubei sim! Roubei e não me arrependo do crime cometido. E digo mais, roubei, não me arrependo e foi premeditado, perguntem ao meu cúmplice, ou vocês acham que fiz tudo isso sozinha? Claro que tive um cúmplice, que pergunta mais tola, eu jamais faria o que fiz sozinha.
Foi assim, nós saímos para andar um pouco logo após o almoço, estava sol e não levamos nenhuma garrafa d’água, não demorou muitos estávamos com cede. Continuamos nossa caminhada apesar da cede, ao longe avistamos alguns animais da região e pensamos que por perto haveria algum lago ou riacho, afinal os animais tendem a se instalarem em locais próximos à comida e água. Estávamos certo, contudo na passava de uma lagoa barrenta, a água era inbebível (se é que essa palavra existe).
Resolvemos, então, avançar mais alguns metros atrás de mais alguma fonte de água, posto que aquela lagoa não deveria ser a única fonte de sustentação dos animais dali, estávamos certos de que havia mais alguma. Não demorou muito meu companheiro resolveu investigar o que algumas árvores inocentes escondiam por entre seus caules, quase perfeito, as árvores escondiam uma pequenina nascente, mas era pequena demais para conseguirmos beber daquela água. A água era limpa, cristalina, mas teríamos de andar um pouco mais para achar um local onde essa água límpida não se misturasse mais com a terra do solo.
Foi esse o começo da nossa perdição. Andamos um pouco mais, já exaustos e com muita cede, loucos por uma sombra para descansarmos. De repente avistamos belíssimas videiras e perto delas uma árvore, foi a derrocada final, não resistimos, invadimos a propriedade alheia e roubamos alguns cachos de uva, fresquinhas, geladas até, por causa da árvore que as sombreava. Ali mesmo nos sentamos e saboreamos as glórias de nosso delito, sem o menor sinal de culpa, mas, sejam sinceros, quem nunca roubou uma fruta do sítio vizinho?